quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mais facto que rótulo

A dualidade é menos rótulo do que se julga. É, a meu ver, um facto que todos de nós, uns mais conscientes outros menos, praticamos. E não acho que a dualidade (pluralidade, até), se assumida e, claro, sem prejuízo dos outros, seja um traço moral necessariamente mau. Para mim, pior é o falso monolitismo de um só rosto a fingir inexpugnabilidade. Os génios como Joyce, Wagner, etc. (a galeria é extensa) não fogem à regra, com todas as suas brancas e negras contradições, enfim, com toda a mescla de áreas cinzentas que habitam o ser humano. A situação faz o indivíduo e por vezes o inverso, a sua palette de cores é extensa, e as combinações escolhidas podem compor delícias.

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